Helicóptero pousa, mas bebê morre no embarque
- Jivago França
- 16 de nov. de 2019
- 2 min de leitura
Um bebê de três meses, do sexo feminino, morreu na tarde de quarta-feira, 28, em Santo Antônio da Platina durante o embarque no transporte aéreo do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), após cinco paradas respiratórias.
A criança estava internada no Hospital Nossa Senhora da Saúde (HNSS) desde segunda-feira, 26, por bronquiolite (infecção que gera acúmulo de líquidos nos pulmões). Durante a madrugada de hoje, o quadro da menina agravou e foi necessário o pedido de transferência de helicóptero para o Pronto Socorro Pediatra no Hospital Universitário de Londrina.
O helicóptero pousou no Estádio Municipal José Eleutério para fazer o transporte do bebê. A operação contou com uma equipe de oito pessoas entre médicos, enfermeiros e socorristas. Os profissionais se dedicaram incansavelmente na transferência da menina tentando estabilizá-la e entubá-la para que ela pudesse enfrentar o voo, mas ao embarcar na aeronave, por volta das 12h15, a bebê apresentou a primeira parada respiratória, sendo necessária massagem cardíaca e aplicação de medicamentos. A equipe repetiu mais quatro vezes o procedimento para manter a criança viva, mas às 12h51, cessaram as reações e ela foi declarada morta.
A família é de Wenceslau Braz. A mãe já havia ido para Londrina aguardar a chegada da filha. Uma tia ficou para acompanhar o transporte e se desesperou ao ver que a sobrinha não reagia. Em um determinado momento, ela se ajoelhou no chão em sinal de prece pela vida da criança. Desolada, a tia precisou ser apoiada pelos socorristas ao saber que o bebê não resistiu.
De acordo com a médica Daniela Alexandrino, o bebê deu entrada no HNSS em quadro clínico relativamente estável e estava entubada, mas piorou muito durante a madrugada. A transferência via helicóptero foi solicitada porque o quadro dela se agravou e era necessário um transporte rápido. Segundo a profissional, é comum a bronquiolite em crianças novas, mas o quadro pode se agravar com facilidade caso os recursos necessários não sejam providenciados com antecedência e rapidez. “Fizemos o que foi possível”, lamentou a médica.
O bebê foi levado junto à ambulância do Samu novamente ao HNSS para que o corpo fosse liberado aos familiares.

Foto: Antônio de Picolli / Tribuna do Vale
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