Vereadores reprovam contas da gestão de Tina Toneti em Jacarezinho
- Jivago França
- 16 de nov. de 2019
- 2 min de leitura
Os vereadores de Jacarezinho reprovaram por seis votos contra três, as contas de 2008 de quando a petista Valentina Helena de Andrade Toneti, mais conhecida como “Tina Toneti” era prefeita municipal. Com isto, Tina se tornou inelegível por oito anos.
A reprovação aconteceu na sessão desta segunda-feira (28) e contou com um bom público na casa de leis. A Polícia Militar estava presente, pois houve comentários que haveria manifestação no local, o que não aconteceu. Todo o processo aconteceu de forma pacífica.
Os vereadores Fúlvio Boberg, Luiz Carlos do Nascimento, Sidnei Francisquinho “Chiquinho Mecânico”, Pastor André de Souza Melo, Patrícia Martoni e Edilson da Luz votaram a favor da reprovação das contas. Nilton Stein, José Izaias Gomes “Zola” e Diogo Augusto Biato Filho votaram para aprovação das contas, o que não aconteceu.
Com as contas reprovadas, Tina Toneti fica inelegível por oito anos, mas segundo ela mesmo disse, poderá ocupar cargos públicos, diferente do que foi falado na sessão. Ela atualmente atua como assessora parlamentar da senadora Gleisi Hoffmann. Tina confidenciou ao portaljnn.com que irá recorrer judicialmente e a decisão poderá ser revertida e além dela poder trabalhar em sua função parlamentar a inelegibilidade poderá ainda também ser revertida. Após o fim da sessão, Tina conversou com o advogado do Partido dos Trabalhadores em Curitiba que lhe orientou neste sentido.
O motivo da irregularidade foi a realização de despesas com publicidade em ano eleitoral em valores superiores à média dos três anos anteriores, em afronta ao artigo 73, VII, da Lei nº 9.504/97. Na decisão anterior, o TCE-PR havia julgado regulares com ressalvas as contas, ao considerar que as despesas com publicidade em 2008, de R$ 116.848,00 foram ligeiramente superiores àquelas de 2007, de R$ 110.721,00.
O Ministério Público de Contas (MPC-PR) argumentou que não poderia ser considerada como parâmetro a diferença de apenas R$ 6.127,00 em relação às despesas do ano anterior pois, em relação à média dos últimos três anos que antecederam as eleições, que é de R$ 59.566,14, a extrapolação foi de R$ 57.291,86. O órgão afirmou que este valor pode influir no resultado de uma eleição.
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