Francisco Pimentel é preso quatro dias depois de ser exonerado
- Jivago França
- 16 de nov. de 2019
- 2 min de leitura
O advogado e ex-procurador jurídico da prefeitura de Abatiá, Francisco Pimentel de Oliveira foi preso na manhã de ontem, 5, no seu escritório que funciona anexo à sua residência no centro da cidade. Oliveira é acusado criminalmente de estar ameaçando e coagindo testemunhas que o denunciaram em uma sindicância que o investigava sobre o recebimento ilegal de horas extras.
De acordo com a denúncia proposta pelo Ministério Público Estadual, o advogado além de ameaçar testemunhas, ele também tentou coagir membros da comissão disciplinar que o investigava. As tentativas de obstruir o trabalho da comissão foram denunciadas ao Ministério Público que solicitou a sua prisão preventiva que foi deferida pela Justiça em Ribeirão do Pinhal.
Logo após ser preso, o ex-procurador-jurídico foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Ribeirão do Pinhal onde permaneceu até por voltas das 16 horas, quando foi ouvido em audiência de custódia no Fórum da cidade. Após o fim da audiência, o advogado retornou para a delegacia onde permanece preso por força do mandado de prisão.
Pimentel de Oliveira foi preso quatro dias depois de ter sido exonerado do cargo que ocupava na prefeitura desde 2000. Na sexta-feira, o prefeito Nelson Garcia Júnior (PDT) publicou no Portal da Transparência o decreto de exoneração do servidor.
O advogado era investigado pela prefeitura de ter recebido irregularmente horas-extras durante os dois anos do mandato de Lourdes Yamagami (DEM) sem ter trabalhado além da sua carga-horária. A denúncia tem como base uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público Estadual, e que tramita na comarca de Abatiá.
De acordo com a denúncia do MP, Pimentel de Oliveira teria recebido em dois anos mais de R$ 70 mil de forma irregular sem que tivesse cumprido carga horária especial a serviço do município. Conforme a Comissão Disciplinar criada para julgar a conduta do servidor, ele teria recebido o benefício no mesmo período e horário em que atuava como coordenador do Núcleo de Práticas Jurídicas de uma universidade em Bandeirantes, distante pouco mais de 20 quilômetros de Abatiá.
O advogado sempre negou as acusações e alegava ser vítima de perseguição política.
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