Governo cria Sistema Paranaense de Parques Tecnológicos
- Jivago França
- 16 de nov. de 2019
- 2 min de leitura

O Paraná quer se consolidar entre os três estados mais intensivos em inovação do Brasil. Segundo o Centro de Liderança Pública (CLT), atualmente o Estado ocupa o quinto lugar e a meta é alcançar a nova posição no período de 20 anos. Este foi o assunto da reunião do Conselho Estadual de Parques Tecnológico (Cepartec), em Curitiba. O grupo (foto) aprovou a criação do Sistema Paranaense de Parques Tecnológicos e apresentou a proposta de seu planejamento estratégico até 2037. O sistema vai ordenar e integrar ações de pesquisa e inovação tecnológica, buscando a participação de universidades e institutos de pesquisas, alunos, pesquisadores e setor privado.
Hoje, no Paraná, existem 15 iniciativas efetivas de parques tecnológicos nas áreas de agroindústria, biotecnologia, nanotecnologia e tecnologias da informação. Destas, oito já se encontram em fase de operação: os parques de Cascavel, Londrina, Pato Branco, Foz do Iguaçu, Parque Tecnológico Virtual-PTV, Tecnoparque da PUCPR, Parque de Software de Curitiba e Parque Tecnológico do Tecpar. Outras quatro estão em fase de planejamento: parques de Ponta Grossa, Guarapuava, Paranavaí e Jacarezinho; e três em fase de implantação – Toledo-Biopark, Maringá e Cornélio Procópio.
Segundo o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, o Conselho tem uma importante atuação para que o Paraná se consolide como um Estado inovador. “A partir deste planejamento teremos ações mais direcionadas para o fortalecimento dos nossos parques tecnológicos, através da integração entre as universidades e instituições parceiras”, destacou.
Desenvolvimento O Sistema Paranaense de Parques Tecnológicos vai alavancar ainda mais a liderança do Paraná no agronegócio, segundo Ronei Volpi, diretor-executivo do Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária Paranaense (Fundepec) e assessor da presidência da Federação da Agricultura do Paraná (FAEP). “O setor de agronegócio é o motor do Paraná e de todo o país e, ao contrário do que muita gente pensa, é o segmento que mais absorve tecnologia e inovação”, defendeu. “Por isso, esse sistema vem complementar as políticas públicas para a área já desenvolvidas aqui no Estado”, complementou. Atualmente, a FAEP desenvolve, junto com o governo do Paraná, 38 projetos na linha de conservação de solos e água. Cerca de R$ 12 milhões já foram investimentos nas ações, sendo que deste total 50% são provenientes de recursos do Estado e o restante da própria instituição.
Além da promoção da agricultura, o Sistema Paranaense de Parques Tecnológicos também vai colaborar com o segmento de micro e pequenas empresas, que depende da tecnologia para crescer. Para Vitor Roberto Tioqueta, diretor-presidente do Sebrae-PR, a inovação é um fator determinante para o futuro do setor. “As empresas estão precisando de melhorias na inovação e na tecnologia para poder competir no mercado, principalmente agora com esse modelo de negócios das startups. É excelente quando você consegue trabalhar em conjunto com instituições que têm conhecimento em empreendedorismo e em gestão e, principalmente, com aquelas que podem fornecer recursos para investimentos”, opinou.
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