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'Causa ojeriza', diz delegada sobre gestante que teve bebê arrancado


Corpo de gestante morta por adolescentes foi enterrado em cova rasa - Reprodução/Record TV

A Polícia Civil de Rondônia procura por um terceiro adolescente que estaria envolvido nas mortes de Fabiana Pires Santana, 23 anos, grávida de oito meses que teve o filho arrancado do ventre, e de um menino de sete anos, crimes praticados pela irmã da vítima, de 13 anos, e outro adolescente, de 15. Ambos foram apreendidos e confessaram os homicídios. O bebê foi internado no Hospital de Base de Porto Velho, capital do Estado na região norte do país.


Segundo Leisaloma Carvalho Resen, titular da Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes Contra a Vida e responsável pelas investigações, os adolescentes premeditaram a ação, não demonstraram arrependimento e deverão permanecer internados em uma unidade que abriga menores infratores. A policial se mostrou chocada ao descobrir a motivação dos crimes.


"A irmã queria matar poque disse que era maltratada. Ela tinha um comportamento trabalhoso. saía para beber, fugia da escola. A [vítima] irmã procurava por ela, chamava a atenção e ela não gostava disso. Disse também que foi abusada pelo companheiro da vítima. Isso será checado posteriormente, vai ser analisado. Causa ojeriza", disse a delegada em entrevista coletiva, nesta terça-feira (22).


Crime brutal


De acordo com o relato da delegada Leisaloma Carvalho Resen, o garoto de 15 anos aceitou se envolver no crime brutal porque pretendia entregar o bebê para a mãe, que teria dito ao namorado — um garimpeiro — que estaria grávida e precisaria de uma criança para confirmar a história. "Ele quis participar porque queria a criança."


A policial classificou a forma escolhida pelos menores para matar as vítimas como diabólica. O garoto, sobrinho da suspeita, foi jogado em um lago e os acusados atiraram pedras na vítima até que o corpo afundasse na água. A gestante também foi brutalmente executada. Facas e barras de ferro foram as armas utilizadas no duplo assassinato.


"Há várias lesões no crânio, facadas no tórax, a barriga estava cortada. [O bebê] Era um menino. Foi feito um parto de forma bem grosseira. A pessoa não tinha habilidade técnica para fazer isso. As camadas cortadas instrumentos inadequados [provavelmente], estiletes", revelou a delegada.


Próximos passos


O setor de homicídios da Polícia Civil de Porto Velho busca descobrir o paradeiro da mãe do jovem envolvido no crime para confrontá-la sobre o envolvimento no planejamento do crime. Outra frente da investigação será localizar o outro menino que teria auxiliado os adolescentes que confessaram os assassinatos — que teria entre 11 e 13 anos.




Cesar Sacheto, do R7, com informações da Record TV


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