Depen se pronuncia sobre fugas, rebelião e morte em cadeia

Luiz Guilherme Bannwart / Tribuna do Vale

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Divulgação – PM

De acordo com o Departamento Penitenciário (Depen), após a rebelião com fuga em massa na cadeia pública de Santo Antônio da Platina no último fim de semana, a unidade foi totalmente vistoriada, mais de uma vez, por agentes penitenciários e do Setor de Operações Especiais (SOE). Além disso, segundo o órgão, todos os danos nas carceragens foram reparados no mesmo dia, por presos implantados nos setores de manutenção de outras unidades próximas.

Segundo o Depen, entre sábado (23) e segunda-feira (25) a carceragem de Santo Antônio da Platina ficou fechada para visita. A partir de terça-feira (26), a previsão era de funcionamento normal. Parte dos detentos que estavam custodiados na unidade foram transferidos e novas remoções estão previstas.

Sobre as denúncias alertando para o risco iminente de fuga em massa e rebelião na cadeia platinense, o Departamento Penitenciário esclarece que as direções da instituição e da regional não foram avisadas. O Depen ressalta que são tomadas as mais diversas medidas legais para evitar qualquer tipo de ato indisciplinar por parte dos presos, em todas as unidades prisionais.

A respeito das fugas registradas na cadeia de Santo Antônio da Platina no início do mês, o órgão explica que o que ocorreu foi que um homem e uma mulher, durante o banho de sol, serraram o solário e fugiram, mas que a grade danificada foi prontamente restaurada para evitar novas fugas. O Depen, no entanto, não se manifestou sobre a fuga ocorrida dias depois em que oito presos ganharam as ruas da cidade.

Quanto à falta de efetivo, o Depen ratifica as informações divulgadas pela reportagem esclarecendo que dois agentes penitenciários pediram desligamento e outros quatro foram afastados por atestado médico, porém, que a direção da regional fez um remanejamento de servidores, para que fosse possível atender todas as unidades.

Sobre o detento assassinado no interior da cadeia de Santo Antônio da Platina, o Depen informa que ele não era um preso de seguro, tendo em vista o registro da ocorrência por roubo. O órgão afirma ainda que a vítima de homicídio já havia sido presa em outro momento e também foi custodiada na cadeia de Santo Antônio da Platina, salientando que após a sua morte, foram recolhidos dados e foi aberta uma sindicância por parte do Departamento Penitenciário, além de ter sido instaurado um inquérito pela Polícia Civil. Ambos os procedimentos estão em apuração e investigação.