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Forrest detectou epidemia de dengue em outubro, mas prefeitura só autorizou trabalhos em janeiro

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Jivago França / PortalJNN

A diretora da Forrest Brasil Tecnologia Ltda, Elaine dos Santos Paldi revelou em coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (5) que a empresa já havia detectado indícios de possível epidemia de dengue em Jacarezinho, em outubro de 2019.


Segundo Elaine, foi enviado pedido para que o prefeito de Jacarezinho, Sérgio Eduardo de Faria autorizasse a atuação com soltura de mosquitos machos estéreis para combater a dengue em toda a cidade, mas a autorização só foi assinada em janeiro de 2020, quando a epidemia já estava “as portas”.



A autorização assinada pelo prefeito em janeiro de 2020 tem duração de apenas três meses, mas segundo Elaine, o tempo mínimo para apresentar soluções duradouras é de pelo menos um ano, seguido de mais um ano de controle e ações de conscientização.


“Se nós tivéssemos iniciado o nosso projeto em toda cidade de Jacarezinho, quando da autorização solicitada em outubro, certamente hoje nós não teríamos esse quadro [epidemia] que está tendo hoje (SIC)”, afirmou Elaine. “Seria bem diferente, porque teríamos agido antes da epidemia”, destacou.

“A irresponsabilidade não foi da empresa [Forrest], pelo contrário, a empresa ela foi muito responsável ao identificar que aconteceria essa epidemia, identificar que os riscos estavam eminentes e informar o secretário e o prefeito da situação. Nós fomos responsáveis em solicitar a autorização para que pudéssemos agir a tempo e não nos foi dado essa autorização. Eu não poderia iniciar o projeto em toda Jacarezinho sem ter o amparo para isso”, detalhou Elaine.


“Quando tem uma politica de engajamento publico na cidade com programas sociais e tem essa interação com secretarias, você consegue inserir essa reeducação social, digamos assim. É o que nós estamos tentando propor, tentando fazer. Isso dá resultado, aí não precisa se preocupar, da noite pro dia as pessoas acordam com dengue, infestação, epidemia".


"Se eu tivesse um ano para fazer esse tratamento, eu teria feito após o projeto piloto. A minha ideia era atuar em toda Jacarezinho. Hoje Jacarezinho não teria dengue, isso eu posso afirmar. Se eu tiver hoje um ano de atuação, não vai ter dengue no período que vem. Mas aí tem que ter esse apoio, não adianta só a Forrest tentando nada contra a maré e o município contra”, completou a diretora da Forrest Brasil.

Segundo o coordenador de laboratório da Forrest Brasil Tecnologia Ltda em Jacarezinho, Felipe dos Anjos, é feito monitoramento toda semana para acompanhar os mosquitos. “A gente acompanha a infestação do mosquito como está com monitoramento semanal. Se a gente reduzir, extinguir a dengue, esse processo de reeducação, atuando junto com a cidade, isso manteria. Se vier uma pessoa de fora com dengue e a população de Aedes aegypti estiver mínima, não haverá circulação viral de novo. A pessoa vai ser tratada e aquele caso acaba ali e mesmo que sejam poucos casos, a secretaria de saúde consegue tratar isso a tempo hábil de não espalhar isso”, explicou.


A diretora Elaine ainda salientou que se fosse o caso, como há monitoramento semanal da infestação na cidade, se percebesse um pico de infestação em alguma área, faria ação de soltura somente na área específica. “Aí não precisa na cidade toda de novo, mas esperamos que o engajamento publico é que vai realmente sacramentar esse projeto. Um ano seria suficiente para fazer a total desinfestação e implementar o projeto, e no ano seguinte fazer toda manutenção [orientação pública]. Nosso projeto no mínimo dois anos, porque no ano seguinte é para estabelecer isso, sacramentar”, concluiu a diretora.


Projeto piloto


O projeto-piloto realizado durante sete meses na região do bairro Aeroporto, estimou uma redução de aproximadamente 90% na infestação do mosquito transmissor da dengue e de outras doenças. Com o término do contrato o projeto foi interrompido. No decorrer houve licitação e o projeto foi iniciado na região da Vila São Pedro, onde também já apresenta redução da infestação dos mosquitos.


Jivago França / PortalJNN

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