Forças de segurança operam com efetivos muito inferiores ao ideal
- Jivago França
- 27 de nov. de 2019
- 2 min de leitura
Tribuna do Vale
Os organismos de segurança que atuam no Norte Pioneiro operam com efetivo bem abaixo do considerado ideal, segundo revelam fontes internas dessas corporações. Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros sofrem com contingentes muito aquém do que exige a demanda da região.
Para se ter uma ideia, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros têm atuado com aproximadamente 50% do número de agentes que seria o ideal. A Polícia Militar não dá informações sobre o efetivo, mas sabe-se que também tem uma quantidade de componentes bem inferior ao que seria ideal para a atuação nos 26 municípios da região subordinados ao 2º Batalhão da PM.
E a tendência é de que não haja melhora a curto prazo, uma vez que o ingresso em qualquer uma destas corporações acontece única e exclusivamente através de concurso público – que, segundo o governo do Estado, está previsto para acontecer em breve, mas sem maiores previsões.
Enquanto isso a situação pode se agravar ainda mais, uma vez que aposentadorias e licenças médicas ocorrem com relativa frequência e acabam por reduzir ainda mais os efetivos.
No caso da Polícia Civil o baixo número de agentes provoca situações complicadas em pelo menos quatro municípios da região: Joaquim Távora, Carlópolis, Tomazina e Santo Antônio da Platina vivem situação dramática. Enquanto os três primeiros estão sem delegados titulares nas delegacias, o último citado tem um número de agentes em total desequilíbrio com a demanda da cidade, que inclusive viu uma rebelião e uma fuga em massa da carceragem neste final de semana.
Como já citado, a PM não dá detalhes sobre o efetivo, mas alguns casos ilustram perfeitamente o problema, como Jundiaí do Sul, município onde moradores e classe política reclamam da falta de policiais e da sequencia de furtos e roubos. Segundo as reclamações, o Pelotão da Polícia Militar do município fica mais tempo fechado que funcionando por falta de contingente. Outras cidades de pequeno porte também convivem com poucos policiais.
Já o Corpo de Bombeiros deveria ter mudado de patamar com a elevação da seção de Posto Avançado para Subgrupamento Independente, ocorrida há quase um ano e que tinha como objetivo trazer à região mais infraestrutura para a corporação, desde um efetivo maior até equipamentos e estrutura física.
Passado quase um ano da mudança, porém, na prática não se viu maiores transformações. Embora tenha recebido a transferência de cinco militares para a região, dois já lotados no Norte Pioneiro se aposentaram, o que deixa o efetivo basicamente o mesmo. Já a construção do quartel, prevista para ter início em 2019, segue sem sair do papel.
Os comandantes das três instituições falaram recentemente à Tribuna do Vale sobre estas situações e garantem que os serviços são bem prestados à população mesmo em meios as dificuldades, além de serem unânimes na esperança de que o concurso público dê ao Norte Pioneiro um reforço substancial nos efetivos.
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