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Homero responde vereadores que rejeitaram projeto

Tribuna do Vale

 

O secretário de Comércio, Indústria e Turismo de Jacarezinho, Homero Pavan Filho, encaminhou no início da noite desta quarta-feira (27), artigo em que expressa sua posição a respeito da polêmica envolvendo a rejeição do projeto de lei que pedia ao legislativo autorização para contratação de financiamento para construção de infraestrutura no novo parque industrial da cidade. Veja a íntegra.


He-Man

(Eu tenho a força)


Homero Pavan Filho*


Mo, Larry e Curly resolveram fazer uma live no Facebook e conseguiram passar ainda mais vergonha. Demonstraram total desconhecimento sobre o que acontece na cidade, e não por falta de divulgação.


Devido à enorme repercussão de uma decisão desastrada que tomaram na última sessão da Câmara, quando rejeitaram projeto de lei que solicitava autorização pra financiar as obras de infraestrutura do novo Parque Industrial, os vereadores Chiquinho Mecânico, André Melo e José Izaías, o Zola, resolveram dar uma satisfação à população. Aquela soberba de chamar o povo de gatos pingados sumiu.


Antes de me atacarem, atacaram a mídia, que nada mais faz do que relatar o que ocorre, às vezes com um adjetivo ou outro, mas nada que mereça maiores reclamações.


A “acusação” que fazem contra mim, dizendo que desejo fazer o Parque Industrial na antiga Canapar para que o loteamento do qual sou sócio precisa seja valorizado, não se sustenta. A um, porque o terreno, adquirido em 2015 por permuta, foi escolhido em reuniões do Comitê Gestor de Desenvolvimento Empresarial, do qual fazem parte a Associação Comercial, SEBRAE, SESC/SENAC, Sindicato Rural, entre tantas entidades. A dois, porque eu queria ter adquirido uma área na Fazenda São Vicente, na PR-431, mas fui voto vencido, todos preferiram a BR-153. Antrês, o terreno da Canapar, avaliado em R$ 1,4 milhão à época, foi trocado por alguns lotes próximo ao Fórum. Então a Prefeitura aplicou em dinheiro apenas R$ 200 mil.


Quando o terreno foi adquirido, a Câmara Municipal votou e aprovou, com apenas um voto contrário, justamente do vereador Zola. Quem assinou o projeto de lei foi o Prefeito, Dr. Sérgio, não fui eu. Teria que ter muito poder, hein? Muita força pra convencer o Comitê Gestor, Dr. Sérgio, 7 vereadores, a direção da Canapar em trocar pelos lotes, tudo pra me beneficiar pessoalmente. Não foi o que ocorreu, repito, e há testemunhas, documentos, basta entrevistar os membros do Comitê.


Por falar em benefício pessoal, conversei sobre isso pessoalmente com a Dra. Kele Baena, que sabe não se tratar disso. Ainda assim, caso haja interesse ou necessidade de investigação, estamos à disposição;


Dizem os três vereadores que fizemos tudo quietinhos. Ora, se trabalhamos em silêncio, estamos escondendo, se divulgamos, estamos sendo eleitoreiros, sendo mentirosos, decidam, senhores…


Vereador André bateu na tecla que que é uma dívida exorbitante em final de mandato. Tem todo o direito de achar isso, mas eu disse a eles, durante uma sessão à qual estive presente, que se podemos deixar os procedimentos adiantados, por quê esperar? A questão de emprego é urgente, ou não é?


Outra questão levantada: não há nenhuma empresa programada pra se instalar ali. Pior que há. E basta abrirmos um edital e será comprovado. Aliás, vamos fazer isso, mas no nosso edital estará escrito: “depois que você comprar o terreno, empresário, vamos ver se a Câmara vai aprovar as obras de infraestrutura ou se você ficará no mato”. Faça-me o favor…


Diz o mesmo vereador que esse projeto é um palanque eleitoreiro. Mais uma vez, quem assina é o Dr. Sérgio, que não é candidato, e eu também não sou candidato. A quem vai beneficiar eleitoralmente? Não sei, mas prejudicar, já sei quem saiu chamuscado dessa.


Falaram tanto em crise que parece que não acreditam na capacidade do Presidente Jair Bolsonaro de resolver os problemas da economia.


Reconhecem que há trâmites burocráticos, menos mal. Quando o Dr. Sérgio diz que tem, eles se fazem de desentendidos e chamam o Prefeito de incompetente. Afirmam que hoje não há empresários dispostos a gastar R$ 100 mil na aquisição de um terreno. Pode ser, mas eu conheço alguns. E convenhamos, empresário que não tem R$ 100 mil vai gerar emprego aonde? Só não explicam que não sabem qual é o valor, pois sequer fizeram as contas. Não explicam que a lei aprovada em 2015 prevê um prazo de 36 meses para pagamento. E prevê ainda 6 meses de carência, ou seja, só começariam a pagar as parcelas depois de 180 dias.


Os vereadores não têm certeza sobre os prazos do financiamento, “me parece que é pra pagar em 10 anos, não tenho certeza” diz André. Por quê então não pediram informações adicionais?


É a isso que me refiro quando prego a necessidade de votarmos em um candidato a Prefeito que tenha experiência. O meu candidato paga esse financiamento com as mãos nas costas e ainda agradece por deixar o trabalho iniciado. Vai pegar uma situação melhor do que o Dr. Sérgio pegou em janeiro de 2013.


André diz que a Marvi quer se instalar em Jacarezinho, o que não está decidido, e que geraria de 300 empregos pra cima. Não foi isso que os empresários nos disseram, falaram em 50 empregos numa transportadora, e entre 100 e 150 em uma nova fábrica. Ocorre que a transportadora já tem seus motoristas, então não seriam empregos novos. Ainda assim seria uma quantidade de empregos que ainda não tivemos a felicidade de conquistar, e por isso estamos procurando formas de adquirir uma área que seja do agrado da Empresa. Até o momento, entretanto, não temos uma proposta formal da Marvi, o que já foi solicitado.


Não existe financiamento para compra ou desapropriação de terrenos, coo propuseram os vereadores, mas ano que vem será possível fazer isso com recursos orçamentários que poderão ingressar graças ao leilão do Pré-Sal. Este ano não foi.


Sobre ter ou não 60 empresas e gerar os 600 empregos, eu não disse que isso é certo. O que eu disse é que PODE acontecer. Sem o Parque Industrial, entretanto, NUNCA vai acontecer. Temos que ter o espaço preparado para isso, não dá pra por empresas no quintal de nossas casas.


Já o vereador Zola diz que fiz manipulação, que sou mentiroso, depois disse “eu posso quase afirmar que é interesse no loteamento quase ao lado”, depois disse “é óbvio que ele tá interessado em valorizar o loteamento dele”. Vereador, quando os meus lotes estiverem prontos, eu troco com lotes da Prefeitura em outro local, se é esse o problema. Os terrenos aqui já estão valorizando porque está sendo construído um Colégio ao lado, um salão de eventos, a valorização é natural. O senhor não pode afirmar que um Parque Industrial vai valorizar os lotes acima do que valorizariam de qualquer jeito. Além disso, o terreno já pertence à Prefeitura, vamos fazer o que? Vender? Quem comprar vai fazer alguma coisa que valorizará o loteamento, ou não. Hoje funciona ali o CAPS-AD, tratando da saúde mental de diversos pacientes da região, e fatalmente serão construídos outros empreendimentos nessa área, tão boa é sua localização.


Finalizo dizendo que os financiamentos da Agência de Fomento NÃO EXIGEM CERTIDÃO NEGATIVA DO TCE, vereador Zola. Informe-se mais, aproveite melhor os cursos.


*Homero Pavan Filho é secretário de Comércio, Indústria e Turismo de Jacarezinho

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