Polícia fica sem imagens de vigilância para investigar furto de TV ‘em prefeitura’
- Jivago França
- 16 de nov. de 2019
- 2 min de leitura

A Polícia Civil abriu procedimento para investigar o “desaparecimento” de uma televisão de 40 polegadas do município de Antônio da Platina. As diligências, no entanto, já enfrentam o primeiro obstáculo: as imagens do monitoramento eletrônico da repartição pública se perderam porque o HD que armazenava as filmagens queimou.
O caso veio à tona na sessão da câmara de vereadores do município na última segunda-feira (11), quando o vereador Genivaldo Marques (PSDB) cobrou explicações aos setores responsáveis para que se posicionassem sobre a informação.
Posteriormente a Prefeitura de Santo Antônio da Platina confirmou a suspeita. A televisão em questão foi comprada em um lote de três aparelhos que seriam destinados ao Centro de Desenvolvimento, Tecnologia e Inovação, ainda no mês de março. Entretanto, como o local ainda está em obras, as TVs ficaram guardadas no Departamento de Patrimônio.
Em entrevista à Tribuna do Vale na terça-feira (12), o chefe do setor, André Luiz Rodrigues, esclareceu o caso. “Essas televisões vieram para cá desde que foram compradas. Um funcionário relatou o desaparecimento de um dos aparelhos, e então fizemos um inventário de tudo que temos. Também procuramos em outros departamentos para ver se localizávamos a TV em questão, mas realmente ela sumiu. Não tem marca de arrombamento, ou algo que indique uma invasão no local. Até demos um tempo para ver se alguém assumia o erro voluntariamente, mas isso não aconteceu. A administração já tinha conhecimento do problema e agora fizemos um boletim de ocorrência para a polícia investigar”, explicou.
INVESTIGAÇÃO
De acordo com o delegado Rafael Guimarães, a investigação deve ser complexa. Os sete servidores que atuam no departamento serão ouvidos, assim como outros funcionários que frequentem o local onde a TV desapareceu.
“Por enquanto a gente não sabe se foi um furto, que seria um cidadão ter subtraído o aparelho, ou peculato, caso de um servidor ter se apropriado dessa televisão. Vamos chamar todos os servidores que frequentam o departamento para depor e tentar rastrear a TV, mas eu já adianto que não será uma investigação fácil ou rápida”, assinala o delegado.
“Agora tivemos a informação que o HD da câmera de vigilância queimou, então não há imagens. Além disso, não se sabe quando aconteceu o furto, é um período de tempo muito grande para procurar, então é uma situação complicada, mas vamos tentar rastrear e cruzar algumas informações para tentar chegar ao paradeiro do aparelho”, conclui.
Tribuna do Vale
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