Projeto do curso de Medicina da UENP volta à estaca zero
- Jivago França
- 16 de nov. de 2019
- 2 min de leitura
Não será desta vez a definição para a escolha do município sede do curso de Medicina da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP). O secretário da Casa Civil, Guto Silva, pasta à qual está subordinada a Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, foi categórico na manhã desta sexta-feira (4), que a UENP terá que refazer o projeto do curso de Medicina, criado nos últimos dias do governo de Cida Borghetti (PP), que definiu o campus de Cornélio Procópio como sua sede.
O anúncio criou um clima de revolta entre as autoridades e lideranças comunitárias da área de abrangência da Amunorpi – Associação dos Municípios do Norte Pioneiro, que tem sede em Jacarezinho, sob alegação de que o planejamento do curso de Medicina teria sido conduzido de forma passional tendo em vista que a atua gestão da UENP é controlada por professores da cidade sede da Amunop – Associação dos Municípios do Norte do Paraná.
Este não foi o único argumento das lideranças do Norte Pioneiro para protestar contra a decisão do governo passado. Outros aspectos, como a falta de diálogo, a condução apressada do projeto e os argumentos de que a escolha de Cornélio Procópio se deve, principalmente, ao maior número de leitos hospitalares, provocou revolta, pois os condutores dos estudos incluíram entidades particulares, que não fazem parte do projeto.
Guto Silva, em entrevista na manhã desta sexta-feira à Tribuna do Vale, explicou a posição do governo estadual, reconhecendo que um novo estudo precisa ser elaborado a partir da união das cidades de Jacarezinho e Santo Antônio da Platina dispostas a sediar o curso de Medicina, pois a sede da UENP fica no primeiro município e o Hospital Regional do Norte Pioneiro, no segundo. “Isso cria um novo cenário”, resumiu. Na prática esta posição significa que todo o planejamento feito até agora pela direção da UENP se esvaziaria.
Irredutível
No entanto, uma fonte da universidade que pede anonimato, disse que a direção da UENP está irredutível na decisão de instalar o curso de Medicina em Cornélio Procópio. “O secretário Guto Silva que me desculpe, mas os estudos que indicaram Cornélio Procópio como sede do curso de Medicina da UENP são absolutamente técnicos e a direção da instituição não volta atrás”, assinalando não acreditar que o governador Ratinho Junior vá retaliar, não liberando recursos para a concretização do projeto. O assunto promete esquentar a polêmica nos próximos dias, pois se espera mobilização envolvendo lideranças das duas microrregiões.
Tribuna do Vale
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