Sem monitores no transporte crianças ficam fora da escola
- Jivago França
- 16 de nov. de 2019
- 2 min de leitura
Tribuna do Vale

Famílias da zona rural de Santo Antônio da Platina estão vivendo o drama de ver filhos fora da sala de aula porque a prefeitura não possui monitores para atuarem dentro dos veículos de transporte escolar. Foi isso que ocorreu, há poucos dias, com a trabalhadora Daniele Cristina de Medeiros Turci, que tem duas filhas, uma de oito anos e a menor, de quatro.
Ela recebeu recado do motorista do ônibus que transporta os alunos de que a menina mais nova não mais poderia ser transportada no veículo porque o Município não dispõe de monitores para cuidar das crianças. O único meio de resolver o impasse seria a própria mãe, todos os dias, acompanhar a filha.
Daniele reside no Bairro Água Branca, distante 15 quilômetros da cidade. Como ela trabalha todos os dias numa indústria de açúcar mascavo do bairro rural, não tem como acompanhar a filha. Ela conta que a menina, que estudava na Escola Iracema Baggio, no centro da cidade, fica questionando todo dia que vê a irmã mais velha saindo para estudar. “Tenho que ficar inventando histórias para minha filha se conformar. É muito triste”, lamenta.
A mãe conta que procurou a secretaria de Educação, mas tanto a secretária Adriana Cavatoni, como o responsável pelo transporte escolar, Maurilio Loyola, foram irredutíveis. Diante da situação, ela procurou o Conselho Tutelar, onde foi informada de que consta na prefeitura que o município dispõe de monitores no transporte escolar.
A mãe foi orientada a procurar a promotoria de justiça do Ministério Público Estadual (MPE). Daniele Turci diz que formalizou a denúncia, mas que uma posição do órgão leva, no mínimo, 30 dias. “Enquanto isso minha filha fica sem estudar. É muito triste”, lamenta, concluindo que existem vários casos semelhantes ao seu em Santo Antônio da Platina.
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